“Bordadeiras Morro do São Bento - A vida tecida entre o linho e as linhas”, versão editada da dissertação de mestrado em Gerontologia defendida na PUC São Paulo pela jornalista Gisela Kodja.
Gisela, amiga de longa data [em primeiro plano na foto acima com as senhoras bordadeiras ao fundo], produziu um texto delicado sobre estas mulheres que dedicaram sua existência a bordar. Imigrantes da Ilha da Madeira passaram suas vidas no Morro São Bento em Santos, onde o destino as fez cruzar com alguém disposto a ir fundo em temas como Memória, Histórias de Vida e Memória Oral. O livro é profundo e singelo. A documentação fotográfica é de minha autoria, e o projeto gráfico da Mônica Mathias.
Gisela, amiga de longa data [em primeiro plano na foto acima com as senhoras bordadeiras ao fundo], produziu um texto delicado sobre estas mulheres que dedicaram sua existência a bordar. Imigrantes da Ilha da Madeira passaram suas vidas no Morro São Bento em Santos, onde o destino as fez cruzar com alguém disposto a ir fundo em temas como Memória, Histórias de Vida e Memória Oral. O livro é profundo e singelo. A documentação fotográfica é de minha autoria, e o projeto gráfico da Mônica Mathias.
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Dona. Janeleira
Na casa de pedra, uma senhora janeleira.
Está a bordar em tecido de linho que ela própria plantou e teceu.
Espera o regresso do marido.
Passa a Primavera, o Verão, o Outono e o Inverno…
Quantos X em cima do calendário quantos X em cima do tecido…
Agora, não tem nenhuma lágrima que molhe o tecido.
Na lareira, a sopa de pedra na panela de três pés.
Com o barulho do vento, ouve alguém bater à porta.
- Quem é?
- Sou eu!
No dia seguinte, uma toalha de linho:
Vende-se.
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