terça-feira, 22 de março de 2011

O valor do retalho de tecido nas comunidades carentes, aqui tem a Rocinha e o site Retalhos cariocas, não é só retalhos.....leiam tu-di-nho

Os blogs estão ajudando muitas donas-de-casa a ganhar seu dinheiro sem sair de casa e já compram suas matérias primas via on-line devido a distancia que moram e as dificuldades de encontrar a matéria prima em sua cidade....isso é muito bom....

RETALHOS CARIOCAS


No meu tempo de escola.....rs.....tinha aula de artes, aprendemos a fazer tricot, crochet, papel machê e fazíamos teatrinhos, bordávamos pano de prato na sala de aula, ponto atrás, correntinha e o crochê na pontinha do pano de prato....rs
Hoje quando olho alguma coisa, logo sei como faço, senão pesquisa nos videos de youtube e encontro aulas fantásticas de como fazer, quando observo a dificuldade de muitas pessoas querendo fazer mas precisam de um tutorial, um Pap, lembro de minhas aulas....como foram boas.
Minha mãe costurava, ficava atenta, mas confesso nunca gostei de costura, me arrependo, pois quando faço modelagem, tenho que me matar nas soluções de costura para ir para a produção, eles não podem pensar, todos os piks no lugar para que as costureiras sigam e costurem cada vez mais rapido.
Qauando minha mãe me obrigada a sentar e ajuda-la a fazer bainhas de vestidos, calças e eu queria brincar, hoje eu agradeço e tinha que ser muito bem feito, pois eram de suas clientes.
Minha mãe foi uma mulher, moderna e independente, estudou corte e costura via corresponencia e morava em uma fazenda e ganhava seu dinheiro com costuras com 14 anos de idade e com 14 anos de idade eu já sabia também e tinha noções gerais de costuras e acabamentos e principalmente o nome dos tecidos.
Quando vejo garotas fazendo Faculdade de Moda, fico encantada, pois a profissão é dura e muito difícil, engana-se quem pensa que é fácil.
Pois deveria voltar tais aulas, pois é profissionalizante e prazeroso, não sei se as meninas iriam gostar, pois estão preocupadas com seus batons e cores de esmaltes, sei que não daria certo, então, poderiam ter aulas para quem gostaria de aprender ou mesmo nas escolas de periferia, pois com 14 anos eu já fazia camisas para que eu pudesse passear, nem sabia como era de retalhos eu já coordenava as cores, preto, xadrez de preto e branco, listras, as vezes o tecido não dava e então não usava o fio reto e minha mãe dizia, vai encolher só este lado, teimosa eu fazia, mas aprendia...rs
Éramos perfeitas bailarinas, curiosas na ponta do pé lavava as louças, depois colocava um banquinha e lá tentávamos cozinhar, lembro de fazer um bolo sem receita, era aniversario de minha irmã, ficou muito doce....rs
Por que estou contando a vcs, pq ví escolas no Rio de Janeiro e oficinas que estão aproveitando este tipo de mão de obra e a coisa tá funcionando.
Os desfiles da comunidade da Rocinha já são internacionais.
Estilistas famosos visitam estas comunidades e dão sua colaboração as ajudando na criação e dando toques de acabamento e está funcionando, ví uma foto com imagens destas garotas, sorridentes e fashion, pois todas com roupas costuradas por elas.
Então voltei no tempo......

http://retalhoscariocas.blogspot.com/
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Desde 1994, através da ROCA –
Cooperativa de Artesãs da Rocinha, que moradoras da favela produzem coleções de roupas que são apresentadas no Fórum Cultura Mundial.Mais de 100 mulheres artesãs cooperadas participaram desta vez na produção de camisetas bordadas, acessórios de crochê tinturado e várias outras peças interessantes e de muita criatividade
http://www.portaisdamoda.com.br/noticiaInt~id~15933~n~artesas+da+rocinha+promovem+desfile.htm
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Esta reportagem mostra os produtos que estão sendo utilizados com ajuda do SEBRAE em lugares distantes deste nosso Brasil, trabalho realizado há anos......é bom que saibam

Fabíola Bergamo
Mini Currículo:
Fabíola nasce em São Paulo e se forma em Desenho Industrial pela Universidade Mackenzie.
Na Itália faz mestrado na Domus Academy em Milão, e posteriormente colabora nos Studios de Andrea Branzi, Marco Zanuso Jr., Cinzia Ruggeri e Raul Barbieri, além de trabalhar como free-lance nos studios Alquimia, Arduini e Creature Design (Davide Mercatali).
Na Alemanha colaborou no Studio de Michael Arpe, com projeto ligado às telecomunicações.
De 1993 a 2002 é proprietária da Terra Design em São Paulo junto com Lars Diederichsen e em 2003 funda o Design Box, desenvolvendo produtos para empresas como Arredamento, Remantec, Firma Casa, Italma, Tecnoseating, Marcenaria Brasileira, Continental, Azzurra, Torfa, Lunarte, entre outras.
Desde 1996 presta consultoria na área de artesanato para várias empresas e instituições como o SEBRAE e Comunidade Solidária , tendo ministrado oficinas nos estados do Acre, Alagoas, Df, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.
Participou de várias mostras no Brasil e exterior, como: Museu da Casa Brasileira (SP), Design & Natureza (SP), Lilás (SP), Brasil Design 500 Anos (SP-Milão), Brasil Faz Design (SP-Milão), Brasil Design (Hannover), Remade in Italy (Milão), entre outras. A mais recente premiação foi com o IF Material Award 2006, Hannover, Alemanha Desde 2003 tem a coluna, “Imaginário Brasileiro”, na revista Kaza.
SOBRE O TRABALHO

Meu trabalho segue três linhas mestras:

Design - IndústriaDesenvolvimento de produtos e consultoria para indústria, principalmente das áreas de mobiliário residencial, mobiliário de escritório e luminárias, sempre propondo sistemas efamílias de produtos, o que dá maior agilidade na fabricação e versatilidade para a venda.
Design ArtesanatoDesenvolvendo produtos junto às comunidades de vários estados desde 1996, tendo como meta principal a geração de renda e melhoria da qualidade de vida das comunidades.
O mais importante nesses projetos é o resgate de elementos e técnicas de valor cultural, a melhoria da qualidade dos produtos e a valorização do artesão como mestre de seu ofício.
Design MostrasProjetos desenvolvidos para mostras específicas, é nestes projetos que encontro espaço para a experimentação com novas tipologias e materiais, que servirão de base para meus outros trabalhos.

PROJETOS DE CONSULTORIA EM DESIGN E ARTESANATO
SEBRAE DF coordenação de vários cursos “artesão & designer” com materiais como jóias em prata e pedras semi-preciosas (1998/99) oficina artesão e designer”, papel artesanal
SEBRAE-MSoficinas “artesão e designer” com materiais como cerâmica, madeira e fibras em Campo Grande(1996) e Três Lagoas, MS (1998)
SEBRAE-TOoficinas “artesão e designer” em Peixes, Edo. do Tocantins com comunidades de produção artesanal em fibra de buriti, 2001oficinas artesão e designer” em Dianópolis, Tocantins, capim dourado e cerâmica, 2001oficina de capim dourado, Jalapão, 2002
SEBRAE ACoficina “artesão e designer”, Rio Branco, Acre, papel artesanal, 2000
SEBRAE-SPoficina com ceramistas em Caraguatatuba, SPoficina “Semana da Mulher Empreendedora do Vale do Paranapanema”, Rosana, 2001oficina de palha de milho em Olímpia, 2001oficina de fibras de bananeira em Miracatú, 2001oficina com contas de capim santo (rosário) em São Miguel Arcanjo, 2002oficina com fibra de bananeira em Juquiá, 2002oficina com capim amargoso em Cajobi, 2002oficina com casca de laranja e bagaço de cana, Araraquara, 2002oficina com fibra de bananeira e papel artesanal em Itariri, 2003oficina com taboa, Cananéia, 2003oficina com fuxico, bordado e retalhos, Jacareí, 2004oficina com sementes, Rio Grande da Serra, 2004oficina com bagaço de cana, Piracicaba, 2004projeto com fabricantes de esteiras de junco, Registro, São Paulo, 2007
SEBRAE-ALoficina com palha de ouricuri, Marituba do Paixe, 2004oficina para APL Arranjo Produtivo Local de Móveis do Agreste Arapiraca, diagnóstico e desenvolvimento de móveis, 2005
BRASUS MATO GROSSOoficina com palha de milho, madeira e cerâmica, Peixoto Azevedo, 2004oficina com madeira, fibras e sementes, Juruena, Castanheira e Cotriguaçú, 2004
COMUNIDADE SOLIDÁRIA BAHIAoficina em Valente, Bahia, sisal, 2000
FASE PARÁoficina em Gurupá, com madeiras de manejo, marcenaria, marchetaria e lutheria, 45 dias,em três etapas, 2006

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